sexta-feira, 18 de junho de 2010

Projeto de Aprendizagem


Mapa conceitual desenvolvido na disciplina de Informática Aplicada ao Ensino, o qual se constitui como primeira etapa de um Projeto de Aprendizagem.
Elaborado por Araceli, Lidiane, Patrícia e Valéria

O USO DA INFORMÁTICA COMO INSTRUMENTO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

CARLA VIANA COSCARELLI*
A pressão em relação ao uso da informática se faz cada vez mais evidente em todas as
áreas, e isso não é diferente na educação. A todo momento os professores sentem que quem não for capaz de usar a informática como instrumental para o ensino-aprendizagem estará fora do mercado de trabalho. Mas quais os resultados da informática em relação à maior eficácia da aprendizagem? Os alunos realmente aprendem mais e melhor, quando fazem uso da informática? Que conceito de aprendizagem está por trás dos programas educativos?
Essas são algumas questões que ainda não têm recebido a atenção que merecem.
A multimídia, em especial, tem sido a grande promessa de uma nova revolução no ensino. Muito se fala a respeito disso, mas pouco se comprova em termos da eficácia desse instrumental em situações de ensino-aprendizagem.
Muita pesquisa ainda precisa ser feita, buscando informações novas a respeito da influência da multimídia na aprendizagem, para que se possa, futuramente, explorar esse recurso da melhor maneira possível com fins educacionais.
Contudo, uma idéia já é ponto pacífico entre as pessoas que lidam com informática
na educação: a informática, assim como qualquer outro instrumental que possa ser usado em situações de ensino-aprendizagem, depende do uso que se faz dela. Não se pode esperar milagres das novas tecnologias.
*Professora do Departamento de Letras Vernáculas da FALE/UFMG.
Ilustrações: Zeflávio Teixeira

Fonte: http://www.presencapedagogica.com.br/capa6/artigos/20.pdf

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Para ensinar o futuro

Jornal Zero Hora
(6 de junho de 2010)

É voz corrente que as crianças de hoje são mais espertas.
Na defesa desse argumento, muitos listam características apontando que os pequenos são hiperativos, autodidatas principalmente no que se refere à tecnologia, não aceitam ordens sem justificativas, mas enfrentam dificuldade em se concentrar, distraindo-se facilmente.
A antropóloga francesa Noemi Paymal, que esteve recentemente em Porto Alegre participando do Seminário Internacional Pare e Pense, dedica-se desde 2001 a estudar as crianças do Terceiro Milênio.
Da lista acima, ela questiona a dificuldade de concentração:
– É uma criança mais madura, mais precoce, muito rápida e multilateral, que pode aprender várias coisas ao mesmo tempo – diz.

A antropóloga francesa Noemi Paymal é especialista na educação das crianças do Terceiro Milênio

Com a experiência de mais de duas décadas de trabalho em países da América Latina, Noemi concluiu que as escolas nos moldes atuais não estão capacitadas para atender a uma geração com essas habilidades e comportamentos. Não é a única educadora de ofício a partilhar dessa visão, mas tem sua própria proposta de sistema para enfrentar a questão: a Pedagogia 3000.
Para definir as crianças alvo de sua filosofia de ensino, Noemi usa o termo Geração Índigo (termo utilizado pela primeira vez pela pesquisadora e metafísica americana Nancy Ann Tappe e apresentado internacionalmente por Lee Carroll e Jan Tober, americanos que escreveram o livro Crianças Índigo, já traduzido para o português). As “crianças índigo” teriam características físicas, psicológicas e espirituais diferentes das gerações anteriores.

Ingrid Cañete, psicóloga gaúcha especializada no tema e que trouxe Noemipela primeira vez ao Estado, acrescenta: – São crianças com capacidade para captar informações de diferentes dimensões de consciência, ao mesmo tempo e capacidade de fazer coisas diferentes, ao mesmo tempo, o que não pode ser confundido com distração ou déficit de atenção. Ingrid é autora de Crianças Índigo – A Evolução do Ser Humano, um dos livros que escreveu sobre o tema.
O termo “índigo” é uma referência à cor da aura (ou campo energético que
circunda o corpo humano) dessas crianças. E é sobre esses elementos espirituais que recaem as mais duras críticas ao conceito. A espiritualidade implicaria em religiosidade, parte da forte polêmica entre educadores que questionam a falta de comprovação científica da
teoria. Noemi, antropóloga francesa que vive na Bolívia, não concorda. Diz não querer se limitar a rótulos e afirma que sua Pedagogia 3000 não é dirigida somente aos índigos, e que a discussão deveria centrar-se na necessidade, real, de mudanças na educação. – É um falso problema para não entender a mudança que está acontecendo agora.

Estilo Próprio – O que esta geração de crianças tem de especial em
relação às anteriores?

Noemi Paymal – As crianças nascidas depois dos anos 2000 têm uma nova maneira de aprender, de atuar, têm até uma nova estrutura cerebral que a educação atual já não satisfaz. É uma aceleração evolutiva rápida que surpreende não só educadores, mas médicos, psicólogos, pediatras. As crianças pequenas, numa proporção de 80%, não estão nos padrões pediátricos, psicológicos e educativos. Já existem luzes de alerta, como as crianças agressivas, o bullying, a depressão, as drogas, e os suicídios.

EP – Qual é a influência da grande quantidade de informação e da tecnologia nelas?

Paymal - Já são crianças digitais. A criança de agora, por natureza, pode projetar facilmente o futuro, o bem comum. É capaz de ver muitas soluções ao mesmo tempo, o que se chama de multiatenção e não déficit de atenção. O que é difícil para as crianças pequenas é ordenar. Elas possuem uma
percepção muito mais ampla, por isso sofrem na escola.

EP – Qual é o papel dos pais na orientação dessas crianças?

Paymal – As crianças mudaram mais rápido dos que os pais, os professores e o sistema educacional. Um sociólogo no Equador comparou essas mudanças à descoberta do fogo e às grandes mudanças industriais. É obvio que os pais não tem culpa. Eles precisam entender que não se trata de uma criança louca, hiperativa. É apenas inquieta, que quer mais, necessitando
trabalhar o corpo, o emocional, o cognitivo, o intuitivo, o ético, o espiritual, o estético criador, o social, o multicultural e o ecológico. A escola te dá o cognitivo. Se tens sorte, dá educação física e música.

EP – A Pedagogia 3000 foi estruturada para as crianças índigo?

Paymal – É para todas as crianças, caso contrário apenas seguiria uma moda. Se o meu filho é índigo e o teu não, começa uma divisão.

EP – A crítica ao conceito de crianças índigo é que não existe comprovação científica, que envolve espiritualidade. Você concorda?

Paymal – Não. É científico. Basta ver qualquer estudo com crianças pequenas com um pediatra e um psicólogo e eles vão apontar as mudanças reais e atuais. Com este pretexto não vamos mudar a educação. Isso não é fé, é necessidade.

EP – Mas não é preciso acreditar que você vê a aura de uma pessoa, o seu campo energético, para entender os índigos?

Paymal – Não importa, é uma parte pequena do processo educativo. Se não quer aprender a parte intuitiva, existem outros níveis. É um falso problema para não entender a mudança de agora. Não vejo aura e trabalho dia e noite para mudar a educação.

EP – Qual a maior dificuldade que você enfrenta para a aplicação do sistema?

Paymal – Implica numa mudança de nós mesmos e isso dá medo. Requer uma
mudança pessoal, íntima,de atitude de vida e de mais amor. Uma criança certa vez me disse: “Nós estaremos felizes, quando vocês, os adultos, estiverem felizes”. Em outras palavras, esqueçam de nós e façam o seu trabalho.

EP – De que maneira prática pais e educadores podem modificar sua atuação?

Paymal – Há recomendações simples, como trabalhar a inteligência emocional, a autoestima. É preciso estimular o trabalho na terra, para não limitar as crianças à informática. Nada de castigo ou recompensa, porque isso é adestrar. Deve ser um processo com consciência, para que a criança entenda e seja corresponsável. Isso é a diferença entre adestrar em educar – gosto mais de usar o termo coaprender. A grande recomendação é que pais e professores relaxem, respirem fundo.

EP – No Brasil, um país com imensas diferenças sociais, a sua proposta de sistema de ensino poderia ajudar de que maneira?

Paymal – Isso é a cultura de paz e da pedagogia social, que no Brasil é avançada. É o único país que conheço com tamanha consciência.

EP – Como as novas configurações de família, pais divorciados, mães solteiras, pais do mesmo sexo, afetam as crianças de hoje?

Paymal – Há a família ampliada, que vem da noção da comunidade indígena. Se morre a mãe biológica, quem ajuda é uma tia, uma amiga, uma professora. As crianças estão atentas aos demais. A criança de agora tem uma grande capacidade de perceber quem é quem.

domingo, 16 de maio de 2010

Ainda visitando o site http://www.educacao.rs.gov.br, no link dos artigos achei esse... e a história continua... um dedicando ao outro as culpas ou falhas no processo de ensino...leiam este artigo!



A paixão e o ensino
Ervino Deon, Secretário Estadual da Educação

No momento em que se valida o ingresso de crianças com 5 anos de idade na escola, proponho ampliarmos a discussão inserindo o papel do ensino público na formação dos nossos estudantes. Longe de mim em contrariar a precocidade das gerações que estão atropelando cada vez mais as etapas do crescimento. Foi-se o tempo em que o guri de 10, 12 anos brincava de bolinha de gude e as gurias de boneca de pano e Sete Marias, quem não lembra... Tudo bem. Não temos condições de frear o tempo e discutir o quão importante é esta fase da vida para a formação do nosso caráter e construir os primeiros traços da personalidade. Cabe a nós, pais e educadores, termos a consciência de que os tempos são outros e logo ali na frente vem nova mudança, e assim a correria (ou seria pressa ?) prosseguirá, queiramos ou não.

Este processo precoce e veloz chega também com a mesma intensidade às escolas. Por isso o ensino público tem que estar preparado e se adequando constantemente. Hoje, o ensino gratuito, dever do Estado, esta atrelado a métodos e estratégias que começam longe da sala de aula. A qualidade do ensino, e aí, obrigatoriamente, incluímos metodologia e orientação pedagógica, o espaço físico adequado, o preparo e a profissionalização dos educadores, e o comprometimento dos pais e responsáveis são fatores indispensáveis para a construção de uma educação capaz de formar cidadãos para o mundo. Quando o poder público investe na melhoria física de uma escola, muitas vezes aguardada há mais de décadas, e pouco depois encontra-se pichada, portas e vidros quebrados, isto quando as salas não são queimadas, pergunta-se: se é falta de recursos ou de consciência, de gestão?

Os mesmos recursos mostram escolas com enormes contrastes. Então qual o fato diferenciador? Gestão, comprometimento, participação, paixão por aquilo que se faz. Os recursos são necessários sim, mas só tem efeito quando associam-se a comprometimento e participação de todos.

O perfil de um gestor da educação de hoje tem pouca coisa do diretor daquele tradicional colégio público de 25 a 30 anos atrás. Já faz parte da história os saudosos Grupo Escolar. Hoje, basta passarmos em frente a uma escola para sabermos como a diretora administra aquela instituição de ensino público. O zelo, a conservação e o ambiente de uma escola vão muito além do simples repasse de verbas. A gestão começa no comprometimento de cada um dos servidores, professores, alunos e da sociedade.
O texto abaixo foi extraído do site: http://www.educacao.rs.gov.br

Projeto: Lições do Rio Grande

A colega Valéria falou deste projeto aplicado em escolas do Rio Grande do Sul, interessante se inteirar do assunto...o caminho é esse!


Lições do Rio Grande - Objetivos
Apresentar às escolas a proposta de referencial curricular indicando um norte para os seus planos de estudos e propostas pedagógicas. Oferecer ao professor estratégias de intervenção pedagógica que favoreçam a construção de aprendizagens a partir do desenvolvimento das competências de leitura, produção de texto e resolução de problemas, aferidas pelo Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Rio Grande do Sul (SAERS). Desenvolver programa de formação continuada para 21.400 professores dos componentes curriculares do ensino fundamental e médio.

Referenciais Curriculares
Áreas de Conhecimento:

Linguagens Códigos e suas Tecnologias: Língua Portuguesa, Literatura, Língua Estrangeira Moderna (Inglês e Espanhol), Educação Física e Arte
Matemática e suas Tecnologias
Ciências da Natureza e suas Tecnologias: Biologia, Física e Química
Ciências Humanas e suas Tecnologias: História, Geografia, Sociologia e Filosofia
Abrangência:

Séries finais do ensino fundamental e ensino médio
Referenciais Curriculares - Volumes
(Clique em um dos links abaixo para obter)

Referenciais Curriculares - Volume 1 - Linguagens Códigos e suas Tecnologias: Língua Portuguesa, Literatura, Língua Estrangeira Moderna (Inglês e Espanhol) (formato .pdf - 9,8 Mb)
Referenciais Curriculares - Volume 2 - Linguagens Códigos e suas Tecnologias: Educação Física e Arte (formato .pdf - 11,3 Mb)
Referenciais Curriculares - Volume 3 - Parte 1 - Matemática e suas Tecnologias (formato .pdf - 18,3 Mb)
Referenciais Curriculares - Volume 3 - Parte 2 - Matemática e suas Tecnologias (formato .pdf - 13,6 Mb)
Referenciais Curriculares - Volume 4 - Ciências da Natureza e suas Tecnologias: Biologia, Física e Química (formato .pdf - 7,1 Mb)
Referenciais Curriculares - Volume 5 - Ciências Humanas e suas Tecnologias: História, Geografia, Sociologia e Filosofia (formato .pdf - 6,3 Mb)
Referenciais Curriculares - Caderno do Professor
(Clique em um dos links abaixo para obter)

Referenciais Curriculares - Caderno do Professor - Volume 1 - Linguagens Códigos e suas Tecnologias: Língua Portuguesa, Literatura, Língua Estrangeira Moderna (Inglês e Espanhol) (formato .pdf - 2,0 Mb)
Referenciais Curriculares - Caderno do Professor - Volume 2 - Linguagens Códigos e suas Tecnologias: Educação Física e Arte (formato .pdf - 1,4 Mb)
Referenciais Curriculares - Caderno do Professor - Volume 3 - Matemática e suas Tecnologias (formato .pdf - 1,0 Mb)
Referenciais Curriculares - Caderno do Professor - Volume 4 - Ciências da Natureza e suas Tecnologias: Biologia, Física e Química (formato .pdf - 0,9 Mb)
Referenciais Curriculares - Caderno do Professor - Volume 5 - Ciências Humanas e suas Tecnologias: História, Geografia, Sociologia e Filosofia (formato .pdf - 1,3 Mb)
Referenciais Curriculares - Caderno do Aluno
(Clique em um dos links abaixo para obter)

Referenciais Curriculares - Caderno do Aluno - 5ª e 6ª Séries do Ensino Fundamental (formato .pdf - 5,3 Mb)
Referenciais Curriculares - Caderno do Aluno - 7ª e 8ª Séries do Ensino Fundamental (formato .pdf - 2,9 Mb)
Referenciais Curriculares - Caderno do Aluno - 1º Ano do Ensino Médio (formato .pdf - 3,5 Mb)
Referenciais Curriculares - Caderno do Aluno - 2º e 3º Anos do Ensino Médio (formato .pdf - 3,9 Mb)
Lições do Rio Grande/Formação 2009
(Clique em um dos links abaixo para assistir e/ou obter)

Palestra PROFª SONIA MARIA N. BALZANO - SE/RA
Arquivo de Áudio/Vídeo do Windows Media (.wmv) / 101 MB
Palestra PROFª LUCIENE JULIANO SIMOES - UFRGS
Arquivo de Áudio/Vídeo do Windows Media (.wmv) / 29,0 MB
Palestra PROFª DOUTORA MONICA B. DOS SANTOS - PUC/RS
Arquivo de Áudio/Vídeo do Windows Media (.wmv) / 25,4 MB
Palestra PROFª ROZELANE COSTELLA - PUC/RS
Arquivo de Áudio/Vídeo do Windows Media (.wmv) / 51,0 MB
Palestra PROFª FERNANDA OSTERMANN - UFRGS
Arquivo de Áudio/Vídeo do Windows Media (.wmv) / 28,5 MB

sexta-feira, 30 de abril de 2010

É DE RIR OU DE CHORAR??

Como fazer Projetos em Arte-Educação
Ingredientes:
Jornais velhos, revistas, garrafas PET, palitos de sorvete e mais um monte de outros “lixos”, ops, recicláveis! Tudo em muita quantidade, aliás, quantidade suficiente para impressionar qualquer increu e convencer que seu projeto é bom, pois trata de “Arte Educação Ambiental” (E a gente sabe que, afinal, “reciclagem” está na moda… Dá “ibopi”!). Selecione tinta em cores que combinem (Tudo precisa ficar bonito, afinal!).
Cola, tesoura, barbante, enfim, todos esses materiais que você já sabe quais são e para o que servem, não “invente moda” de experimentar coisas novas justamente no seu maravilhoso projeto!
Ah, e acrescente muito, muito isopor, ops, polipropileno expandido! Afinal você é uma criatura informada e sabe que “isopor” é marca e não produto. Não sabe? Mas sabem que a queima de polipropileno expandido é um dos principais responsáveis pela emissão de gazes tóxicos na atmosfera. Também não sabe? Bom, se não sabe, também não tem importância, o que importa é o projeto!
Faça impressões de desenhos de personagens da moda, como os de quadrinhos ou desenhos animados, para que as crianças os pintem, segundo o molde que, claro, você mesma preparou, copiando de um site fan-tás-ti-co da Internet. Importante: Faça ótimas impressões, em tamanho bem grande. As mães vão ficar felizes muito quando seus filhotinhos chegarem em casa com trabalhos bem grandes! E, você sabe, mães felizes é bom sinal.
Pegue uma teoria para dar “base” ao projeto (Isso dá “credibilidade” para a proposta!), de preferência uma beeeeem antiga e hermética, de preferência de um autor alemão ou russo, como são línguas consideradas difíceis, a chance de alguém questionar sua base teórica é bem pequena (E todos sabemos que as coisas antigas e diferentes sempre parecem mais sérias, né?).
Escolha um lugar “da moda” para aplicar o projeto ou, melhor, faça o projeto num clube bem elegante e famoso, isso garante cobertura da imprensa!
Modo de Fazer:
Pegue um punhado de crianças e aplique seu projeto. Não, não importa qual criança, afinal, criança é tudo igual mesmo, não é verdade? Mas, uma dica, procure selecionar as “melhorzinhas”, as menos remelentas, as com carinha de saudáveis, enfim, as certas. Muito cuidado, pois a escolha de crianças erradas pode estragar seu maravilhoso projeto!
Pense em todos os detalhes (Qualquer erro ou deslize pode estragar seu precioso trabalho!). Não dê folga para o azar, deixando margens para as crianças “fazerem arte”, inventando de colorir as imagens que você preparou com todo amor para elas. Arte é uma coisa séria e a técnica é o mais importante.
Cronometre todas as atividades do grupo. Isso garante disciplina. E garante também que você mantém o controle de tudo. Controle é uma das coisas mais importantes para o sucesso do projeto e mostra que você é uma professora durona!
Para que elas achem que estão criando alguma coisa, dê algumas instruções propositalmente vagas dos materiais e deixe-as se virarem com as ‘sucatas’ para que façam brinquedos. Mais importante de tudo, tenha modelos dos brinquedos prontos para que elas façam iguais! Se elas resolverem mudar alguma coisa nos brinquedos, olhe bem séria para cada uma delas e faça reprovações de suas atitudes, afirmando que crianças bonitas não fazem isso, não desobedecem a professora, ah, sempre lembrando que você os amará muito se forem bonitos!
Preveja quantas crianças vão se rebelar contra as instruções (crianças são terríveis mesmo, não?) e, como você é uma ótima professora e sabe de todas as reações possíveis das crianças, tenha soluções para as rebeldias: prometa para ela que se ela se comportar e fizer tudo direitinho, você vai dar um chocolate para ela no fim, crianças adoram chocolate e, dessa forma, colaboram.
No fim dê chocolates para todos, mesmo para os que desobedeceram as “ordens”, afinal crianças não percebem nada mesmo, e nem vão notar que você fala uma coisa e faz outra…
Enfim, siga todos esses passos e terá um projeto de sucesso!
Conclusões:
Bom, se você acha que isso ai em cima é um projeto de arte-educação… Se mate!
Arte-Educação está longe de ter “receitas” desse tipo que sejam efetivas. Não existe projeto pronto, que possa ser copiado e aplicado indistintamente, nem com crianças nem com adultos. Se os objetivos não forem traçados de forma a proporcionar desenvolvimento do aluno, não é arte-educação.
Transformar lixo-preto-e-branco em lixo-colorido idem, e nem mesmo é educação ambiental. Aliás, a maioria desses projetos acaba deixando, no final, mais lixo que havia antes…
Aliás, esse tipo de projeto nem é arte, nem é educação!
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Jurema Sampaio é Mestre em Artes Visuais, especialista em Ensino e Produção de Arte, licenciada em Arte-Educação, Desenho e Artes Plásticas (PUC-Campinas). Atualmente cursa Doutorado. Professora Universitária
http://aguarras.com.br/2007/02/11/como-fazer-projetos-em-arte-educacao/#more-7328