Ainda visitando o site http://www.educacao.rs.gov.br, no link dos artigos achei esse... e a história continua... um dedicando ao outro as culpas ou falhas no processo de ensino...leiam este artigo!
A paixão e o ensino
Ervino Deon, Secretário Estadual da Educação
No momento em que se valida o ingresso de crianças com 5 anos de idade na escola, proponho ampliarmos a discussão inserindo o papel do ensino público na formação dos nossos estudantes. Longe de mim em contrariar a precocidade das gerações que estão atropelando cada vez mais as etapas do crescimento. Foi-se o tempo em que o guri de 10, 12 anos brincava de bolinha de gude e as gurias de boneca de pano e Sete Marias, quem não lembra... Tudo bem. Não temos condições de frear o tempo e discutir o quão importante é esta fase da vida para a formação do nosso caráter e construir os primeiros traços da personalidade. Cabe a nós, pais e educadores, termos a consciência de que os tempos são outros e logo ali na frente vem nova mudança, e assim a correria (ou seria pressa ?) prosseguirá, queiramos ou não.
Este processo precoce e veloz chega também com a mesma intensidade às escolas. Por isso o ensino público tem que estar preparado e se adequando constantemente. Hoje, o ensino gratuito, dever do Estado, esta atrelado a métodos e estratégias que começam longe da sala de aula. A qualidade do ensino, e aí, obrigatoriamente, incluímos metodologia e orientação pedagógica, o espaço físico adequado, o preparo e a profissionalização dos educadores, e o comprometimento dos pais e responsáveis são fatores indispensáveis para a construção de uma educação capaz de formar cidadãos para o mundo. Quando o poder público investe na melhoria física de uma escola, muitas vezes aguardada há mais de décadas, e pouco depois encontra-se pichada, portas e vidros quebrados, isto quando as salas não são queimadas, pergunta-se: se é falta de recursos ou de consciência, de gestão?
Os mesmos recursos mostram escolas com enormes contrastes. Então qual o fato diferenciador? Gestão, comprometimento, participação, paixão por aquilo que se faz. Os recursos são necessários sim, mas só tem efeito quando associam-se a comprometimento e participação de todos.
O perfil de um gestor da educação de hoje tem pouca coisa do diretor daquele tradicional colégio público de 25 a 30 anos atrás. Já faz parte da história os saudosos Grupo Escolar. Hoje, basta passarmos em frente a uma escola para sabermos como a diretora administra aquela instituição de ensino público. O zelo, a conservação e o ambiente de uma escola vão muito além do simples repasse de verbas. A gestão começa no comprometimento de cada um dos servidores, professores, alunos e da sociedade.
domingo, 16 de maio de 2010
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